São Paulo, 10 de agosto de 2015 – Em sua palestra Brasil: oportunidades na crise e pós-crise durante o 4ª Fórum de Investimentos em Campinas e Região, evento realizado no sábado (8/8) pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, Paulo Rabello de Castro, presidente da SR Rating e do LIDE ECONOMIA, afirmou que se o Brasil fizer seu dever de casa conseguirá elevar seu investment grade à categoria A. “Nós estamos na maior e melhor oportunidade, pois é na crise que se cresce. O panorama mundial nos dá vantagem, levando-se em conta a situação da China, o juro americano e o petróleo a US$ 40 o barril”, disse.

Segundo o especialista, lá fora elementos da crise nos empurram para uma reformulação fiscal e política para atender a demanda global. “Mas é necessário ter um calendário político, Brasília tem que ter agenda, fazer negócios”. Para Rabello, existe saída com mais exportação, mais produtividade, mais aquisições e redução da concorrência. “A consolidação de mercados, ganhos de eficiência, novas linhas de crédito e choque de governança são iniciativas fundamentais para vislumbrar um 2016 melhor. Meu otimismo é absoluto, só está faltando governança política. Precisamos reinventar o sucesso, coroar o cliente, estimular novos acordos de comércio e modernizar as leis do trabalho. Urgência e emergência são as tônicas para reverter a insolvência, elevar o grau de investimento e transformar o Brasil em pátria investidora”, concluiu.

Já Alexandra Caprioli, diretora de Turismo de Campinas, reforçou a vocação de Campinas com o turismo de negócios em gerar empregos e ativar a economia. “O Brasil está na 10ª posição no ranking de países que atraem eventos internacionais. Realizamos cerca de 590 mil eventos desde 2013, o turismo representa 4,3% do PIB brasileiro e a arrecadação chega a R$ 48 bilhões em impostos, portanto o setor é um fomentador do desenvolvimento econômico”, explica. Segundo Alexandra, há grande transversalidade do turismo com todos os setores – de agronegócios, gastronomia, saúde -, e faz uma mitigação da sazonalidade, já que equilibra a oferta e demanda ao longo de todo ano. O turismo de negócios deixa a economia muito mais forte na cidade. Pesquisa recente constatou que o turista de lazer gasta em média 74 dólares contra 300 dólares pelo turista de negócios. Vale destacar o efeito multiplicador que o turismo gera na movimentação de 52 setores, quando há realização de eventos na região. “A sinergia do poder público com o setor privado é o grande trunfo da região. Em uma iniciativa do Campinas & Região Convention Bureau com o governo conseguimos captar 3 milhões ao ano para o setor. Tudo isso gera emprego e renda para a região. Com investimentos atraídos para a RMC, mais de 14 empreendimentos hoteleiros serão instalados, acrescentando 2.700 novos quartos, chegando a 15 mil leitos em Campinas, com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão”, finalizou.

José Mario Capriolli, presidente da Azul Linhas Aéreas, salientou que “não podemos perder a capacidade de investir e acreditar no futuro. Existe muito pessimismo e, aos mínimos sinais de melhoria, conseguiremos superar essa fase. Toda crise é passageira”.

O tema Saúde, Inovação e Tecnologia a serviço do desenvolvimento humano foi apresentado por Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein e do LIDE SAÚDE. “O aumento da expectativa de vida tem repercussão em todos os espaços da cidade. O envelhecimento traz questões importantes como mudança do perfil epidemiológico e há necessidade de uma visão mais ampla sobre essa questão, que merece uma reflexão”. Segundo Lottenberg, deve-se considerar a porcentagem de 30% da empregabilidade do setor; a fatia de 17% do PIB nos EUA e 8% do PIB no Brasil em Saúde. Por outro lado, dados revelam que US$ 750 bilhões foram desperdiçados nos EUA por más práticas e fraudes na medicina. Há outros desafios para o equacionamento da saúde: financiamento, capacitação humana e incorporação tecnológica. “A qualificação da mão-de-obra na saúde está deficiente. Precisamos readequar a capacitação dos profissionais e os caminhos são medicina baseada em evidências, economia da saúde, sistema informatizado e automação, que trarão sustentabilidade para o setor como um todo”, destacou.

Para Jorge López, presidente da 3M do Brasil, “inovação somente tem valor quando traz impacto na prática. Trabalhamos muito para oferecer produtos com a preocupação de como serão utilizados. Neste aspecto, parcerias com hospitais são fundamentais”, ressaltou.

Gustavo Carvalho, presidente do hospital Vera Cruz, disse que a RMC vai ter que atrair investimentos na área da Saúde para gerar empregos nos próximos anos. “Temos potencial para isso e estou confiante no crescimento do setor”.

A última mesa do encontro foi liderada por Luis Carlos Andrade, vice-presidente da Toyota, que apresentou aspectos sobre o desenvolvimento da indústria automobilística e a cadeia de fornecedores. “Teremos queda nas vendas do setor de automóveis esse ano, mas a Toyota pretende manter o resultado de 2014”, disse. “Precisamos controlar custos, estabelecer metas consistentes para tornar o Brasil em um polo exportador do setor”, alerta.

Marcio Grossmann, presidente da PPG, ressaltou que a instabilidade das políticas fazem com que planejar em longo prazo no Brasil seja uma missão quase impossível. “Essa é uma tarefa que não é para amador. As incertezas são tão grandes que, por vezes, atrasamos investimentos. O risco traz uma desvantagem grande para o Brasil”.

Respondendo aos questionamentos da plateia, Juan Quirós, presidente da INVESTE SP anunciou a realização de um convênio de cooperação com a ApexBrasil para ganhar competividade nas questões fiscais, logística e infraestrutura. “A gestão dos investimentos e as exportações não param e têm empenho firme do governador”.

No encerramento do Fórum, Quirós destacou mensagens importantes debatidas no Fórum, eleitas como legado do evento. “A exportação, a capacitação de mão-de-obra, a inovação tecnológica, e a área da Saúde são, sem dúvida, fundamentais para atrair investimentos e a Região Metropolitana de Campinas não pode perder a oportunidade de se transformar em um eixo agregador de incentivo a investimentos, que é determinante para a geração de empregos e renda para a toda região”.

Com o patrocínio da EMS, o Fórum de Investimento em Campinas e Região Metropolitana conta com o apoio da 3M, BOSCH, DESENVOLVE SP, SABESP e TOYOTA, com apoio institucional da INVESTE SP e PREFEITURA DE CAMPINAS. HAGANÁ e ODEBRECHT REALIZAÇÕES IMOBILIÁRIAS são colaboradores. São fornecedores oficiais CDN COMUNICAÇÃO, ECCAPLAN, EXPLICITA, GRUPO BEM, MOVEL LOGÍSTICA e PRIMO CAFÉ. CITY MAGAZINE, DCI, GRUPO RAC, ORGANIZAÇÕES PANAMBY, PRNEWSWIRE, rádios BAND AM/FM, REVISTA LIDE e TV LIDE são mídia partners.

SOBRE O LIDE – Fundado em junho de 2003, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais possui atualmente 1.700 empresas filiadas (com as unidades regionais e internacionais), que representam 52% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

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